A preguiça e o desinteresse tem sido um dos principais desafios quando o assunto é estudar em casa durante a pandemia.
Aos poucos os pequenos vão perdendo o interesse. As aulas remotas, que antes eram super divertidas e atrativas, deixam de ser novidade e perdem a atenção das crianças.
Mas como fazer para que o seu filho tenha novamente interesse pelo aprendizado?
Primeiro, precisamos entender que o universo familiar e a rotina da casa não comportam longas horas de estudos e conteúdos densos. Geralmente este ambiente está associado a uma rotina mais leve, de descontração e realização de poucas tarefas escolares. O lar funciona como um complemento do trabalho da escola.
O segundo aspecto é de que a família não está preparada para lecionar. Na falta de técnica, didática e de recursos específicos, muitas vezes, ensinar torna-se algo maçante e cansativo.
Tendo isto em mente, é fundamental que a culpa e a cobrança excessiva em “dar conta” sejam deixadas um pouquinho de lado.
Foque nas dicas.
1- Já falamos anteriormente sobre a importância da rotina. Organize o momento dos estudos. Estabeleça, de preferência, com a participação da criança, uma rotina diária clara e dinâmica.

2- Mude de posicionamento quando seu filho não se interessar por nada. Lembre-se que empatia é a palavra de ordem sempre! Os pais devem adotar uma postura de liderança, mas nunca de tirania. Para entender o que o outro sente eu preciso me colocar no lugar dele. Pergunte a si mesmo constantemente: Como eu posso ajudar meu filho a estudar? Será que existe um motivo para ele se sentir desmotivado?

3- ADMITA: estudar nem sempre é prazeroso. Sim! Estudar da forma tradicional pode ser muito chato e desestimulante. Para que a criança sinta desejo pelo conhecimento, ela precisa compreender o que está aprendendo e identificar sentido naquilo que o faz. De nada vai adiantar, pedir para que decore conceitos e fórmulas se ela não compreender a importância e utilidade na sua vida. O ensino deve ser pautado nos seus interesses e habilidades. Aprender está diretamente associado à curiosidade, interação e descoberta.

4- O que eu quero ser quando crescer? Busque conhecer os interesses do seu filho. Já imaginou quantas profissões ele pode escolher? Deu uma olhada em quais pessoas ele tem de referência? O mundo globalizado trouxe uma variedade de possibilidades. Compreender as preferências e interesses das crianças faz toda a diferença para este processo. A criatividade está em alta e não há nada melhor do que fazer o que se gosta, não é mesmo? O aprendizado pode ser leve e prazeroso.

5- Excesso de Cobrança: O que é estudar para seu filho? É uma obrigação? Imposta pelos pais de forma clara, tirana? Quando as crianças percebem que estão estudando para os pais, não para eles, o objetivo deixa de ser dele e passa a ser nosso. Isto servirá não de prazer, mas de peso e cobrança.

6- Estudo como moeda de troca: Como o estudo é tratado dentro da sua casa? Ele é uma moeda de troca? Se estudar e tiver boas notas terá uma recompensa? Aí a questão passa a ser um comércio. Eu estudo e ganho para isto. No momento que não quero adquirir, eu paro de estudar, pois meu objetivo foi cumprido. Péssima ideia.

7- AUTO RESPONSABILIDADE: Independente da faixa etária, é fundamental criar uma rotina de autonomia e responsabilidade para a criança. O aspecto mais importante neste processo de reencantamento é você se libertar da função de cobrador e transferir para a criança essa responsabilidade. Neste âmbito você passa a ser um parceiro e mediador, conduzindo de forma leve, seu filho neste processo.

Nossa rotina têm se tornado ainda mais desafiadora dia-a-dia. Não existe fórmula mágica, mas se você colocar em prática essas dicas, sem dúvidas, seu filho começará a desenvolver mais interesse pelos estudos. Conte conosco!
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